Com 37 anos, dos quais 28 são dedicados à música, Giovanna Portella começou cedo sua carreira artística, aos 9 anos, quando pela primeira vez entrou em um estúdio para gravar uma canção. De lá pra cá foram muitas “canjas” em barzinhos, jingles, bandas de baile e programas de TV. Agora, ela se prepara para estrear um tributo à Elis Regina na famosa casa de shows Blue Note, em São Paulo, ao lado do multi-instrumentista Mizinho Carvalho.
Com a bagagem das bandas de baile, famosas por tocarem em casamentos, Giovanna transita tranquilamente pelos mais diversos estilos musicais. “Apesar de ser bem eclética para cantar e até para ouvir, tenho um berço muito forte na música popular brasileira, especialmente pelo samba e chorinho, mas em geral gosto de música boa e pra mim música boa não tem estilo: é música boa”, risos.
Por mais de oito anos, ela foi cantora substituta da banda do “Programa do Ratinho”, assumindo. Na época, acabou ganhando o apelido carinhoso de Madonna do próprio Ratinho. Ela conta que, participando do programa, teve a oportunidade de conhecer muitos artistas, e com alguns teve até mesmo a honra de cantar. Chegou a fazer back vocal para Zezé di Camargo & Luciano, convite que surgiu através da ponte feita por intermédio da atração do SBT.
Durante a pandemia, passou por incertezas quanto à sua carreira musical. “Foi uma época muito complicada pra todo mundo, mas pra mim foi um momento de reflexão quanto a minha carreira na música, foi quando participei da terceira edição do ‘Canta Comigo’, da Record”, relembra.
Tributo à Elis
A ideia para o projeto surgiu de maneira causal, no primeiro encontro de trabalho entre Giovanna Portella e o multi-instrumentista Mizinho Carvalho. “Eu estava tocando numa casa noturna, e a Giovanna foi substituir outra cantora, não nos conhecíamos, mas a sinergia foi muito rápida entre a gente. Bem no final da apresentação, ela falou que queria fazer algo diferente e me perguntou se eu tocava alguma da Elis. E aí, tocamos juntos ‘Madalena’ e eu simplesmente tomei um baita susto, porque a voz dela é uma coisa absurda de parecida com a da Elis”, lembra Mizinho.
Com vasta experiência musical, Mizinho atua profissionalmente como pianista, cantor e produtor musical desde 1987, participou e produziu mais de 200 espetáculos, além de inúmeras produções de estúdio, eventos corporativos e teatrais.
Através da sua produtora, a Legacy, criou um dos maiores tributos ao Queen no Brasil, e hoje é especialista em produzir shows covers e tributos. Atualmente a Legacy Produções comercializa, além do Queen cover, o Elton John Diamonds, Phil Collins Carrossel, Piano Man, o espetáculo “A História do Rock”, dentre outras produções.
“Como já trabalho com tributos e shows covers, a primeira coisa que perguntei pra Giovanna após a nossa apresentação foi se ela já tinha um trabalho voltado para homenagear à Elis. Quando ela me disse que não, o projeto já veio meio que inteiro na minha cabeça”, recorda.
A estreia está marcada para esta quinta-feira (14), às 20h, na casa de shows Blue Note, filial da mais icônica casa de jazz de Nova Iorque. “Estrear esse projeto nesta casa já traz um grande prestígio para esse trabalho, uma vez que a casa é palco de grandes nomes da música brasileira”, afirma Mizinho.
Para Giovanna, a estreia será mais um grande marco em sua carreira na música. “Um projeto homenageando uma das maiores cantoras brasileiras, numa casa referência para a música é sem dúvida, um grande passo, tenho certeza que todos vão se divertir e se emocionar junto comigo nesse projeto que está sendo preparado com muito cuidado e carinho para se tornar inesquecível, assim como é Elis”, completa.
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