Conheça histórias lindas e inspiradoras de relações intensas entre avós e seus netos

DIA DOS AVÓS

Nossa homenagem a todos os avós!

Posso até sentir o cheiro do bife mal passado com arroz branco que minha amada e vozinha paterna Santina fazia sempre quando eu chegava para visitá-la em sua casinha na pequena cidade de Cosmorama, no interior de São Paulo.  E as histórias de lobisomem e mula sem cabeça que meu avô Angelo Peixe contava estão até hoje fresquinhas na minha cabeça. As bolas de sabão gigantes que meu avô Nico fazia como ninguém fascinavam eu e minhas primas e tenho certeza que até hoje ninguém é capaz de tamanha proeza. Ah, e suas piadas divertiam os almoços da família. Eles três já se foram, mas esta sensação, estas lembranças ficarão para sempre na minha vida e me fazem um bem danado.

VozinhasEstar perto da minha avó materna, Guaraciaba, assistindo a um filme no cinema, conversando sobre a vida ou comendo algo bem gostoso, me traz um sentimento bom, do bem, é estar em paz. Ela é um orgulho para nós, netas, adora viajar, estudar novos idiomas, pintar, é leitora assídua deste site e acompanha todos os detalhes da vida da família por meio das redes sociais.

Este sentimento bom, que todo neto sente ao estar perto ou relembrar momentos com as avós, foi atestado por uma pesquisa da Universidade de Oxford, Grã-Bretanha, feita com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto cresceram mais felizes. E neste Dia das Avós, dia 26 de julho, nós, do Notícias do Bem, fomos em busca de histórias lindas entre avós e netas para comemorarmos esta data com muito amor.

Histórias de avós

CidaKarol Granchi, jornalista de 28 anos, é uma apaixonada por sua avó, Cida Granchi, que a criou com amor, carinho e dedicação desde bebê. “Eu e minha avó temos um elo muito forte de amizade e cumplicidade. Sempre pude contar com ela em todos os momentos de minha vida, seja nos momentos difíceis ou nas conquistas felizes. Sempre que podemos estamos juntas, curtindo uma boa música e tomando uma cervejinha gelada”, conta a neta. 

Karol saiu da casa da avó quando fez 18 anos para estudar em busca do seu sonho de ser uma jornalista em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Hoje, ela é uma mulher independente que adora morar sozinha, mas a saudade do cheiro da comida da avó sempre quando entra na sua casa é constante. “Sempre quando vou para Pirassununga visitá-la, ela me espera para almoçarmos juntas. É um momento simples para muitos, mas para nós vale muito”, lembra reforçando ninguém faz uma receita de brócolis refogado mais deliciosa do que a vó Cida, apaixonada pelos cantores Wando e Elimar Santos. Mesmo de longe, neta e avó mantém a conversa em dia por meio das redes sociais. Quando a saudade aperta, Karol ouve duas canções que remetem a momentos vividos com sua avó: Angel – música tema do filme Cidade dos Anjos, e Minha Namorada, de Vinícius de Moraes.

Dona

Alana Lin, consultora de franchising de 32 anos, é o “carrapato” da avó Seraphina Constantini, de 87 anos, que tem mais sete netos e seis bisnetos. “Nossa relação é um encontro de almas, somos confidentes, muito próximas, aprendemos muito uma com a outra, adoramos estar juntas, conversar, assistir novela”, conta as duas trocando olhares de carinho durante a entrevista. O carinho entre elas pode ser visto em cada gesto, em cada trocar de olhar, em cada palavra. “Cuidamos o tempo todo uma da outra em uma relação de respeito e muito amor”, diz Alana.

DonaE essa matéria não poderia ser escrita sem falarmos na Dona Joselina Ozória de Boni, de 93 anos, uma das moradoras mais antigas de Guaraci, no interior paulista, avó do nosso fotógrafo Ricardo Boni. Ela é daquelas avós de filme. Os números são surpreendentes: 24 netos, 20 bisnetos, e duas tataranetas. Mesmo pequenina, a vó Zelina, como é chamada por todos, é uma mulher de fé, de fibra e de puro amor. Ela lembra os nomes de todos da família e até mesmo as datas de aniversários. Ela adora guardar fotos dos netos na estante da sala de TV como se fossem troféus de sua longa e produtiva vida, faz crochê e sempre capricha na quantidade de biscoitos de polvilho e de bolo Brevidade – pratos principais dos chás da tarde da família.

Texto: Fernanda Peixe/Notícias do Bem

Fotos: Ricardo Boni/Notícias do Bem – Álbum de Família

26/07/2016

25/07/2016 22:50

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