FAZENDO A DIFERENÇA
Moradores revitalizam área urbana para transformá-la em um parque ecológico
Uma área abandonada, uma figueira centenária cercada de lixo, diversas nascentes sem receber os devidos cuidados e moradores incomodados. Foi assim que nasceu a Associação Comunidade São Marcos (Acosama), que atualmente representa o bairro que leva o mesmo nome e fica localizado em São José do Rio Preto. No começo, era apenas um grupo de moradores, mas houve uma mobilização intensa no bairro. O grupo virou a Comunidade Água Nascente, que deu origem à Associação e hoje desfruta dos benefícios da revitalização da “área da figueira”.
Segundo Valdirene Dionísio Ribeiro, presidente da instituição, há dois anos foram retirados onze caminhões de lixo do local. “Nosso objetivo era melhorar o ar, o ambiente, e cuidar da área da figueira”. Deu certo: o local está limpo, bem cuidado e recebe, inclusive, eventos em prol da conscientização a respeito do meio ambiente, além de ter ganhado um verdadeiro presente: muitas flores cresceram ali e agora colorem a área. “É como se a natureza nos agradecesse com a sua beleza”, comenta a presidente.
Ao lado de Adelino Castanha, de 82 anos, Valdirene e outros membros da associação vistoriam o local regularmente. “Seu Castanha”, como é conhecido pelos amigos, retira o lixo, cuida das plantas e, mais importante, doa amor ao meio ambiente. A presidente da Acosama conta que “Ele é um verdadeiro exemplo. Colaborou muito para que isso tudo mudasse tanto. A paixão que ele tem pela área da figueira é impressionante. Apesar de ter a idade como desculpa, ele faz questão de cuidar da natureza por entender a importância que isso tem para o planeta”. E é com muita disposição que ele caminha até lá, a cada duas semanas, para retirar com as próprias mãos o lixo que encontra nas redondezas.
A Acosama tem o objetivo de transformar o espaço, que é institucional, em um parque urbano ecológico para oferecer aos moradores de Rio Preto a oportunidade de terem contato com a natureza sem saírem da cidade. Até lá, muito trabalho ainda há de ser feito. A área, apesar de naturalmente rica, ainda precisa ser complementada. Com o apoio de uma universidade, o projeto de paisagismo está ganhando corpo e, no futuro, será possível colocar os novos planos em prática. “Também precisamos continuar conscientizando as pessoas e especialmente as crianças, porque o planeta é a nossa casa e é na natureza que encontramos o que precisamos para viver. Não adianta fazer tudo isso se nossas crianças não fizerem a parte delas”, finaliza Valdirene.
Texto: Vania Nocchi/Notícias do Bem
Fotos: Ricardo Boni/Notícias do Bem
03/06/2016
03/06/2016 07:55