Atividade formativa sensibiliza educadores para o ensino da cultura dos povos originários

Ações da Coletiva Educar Ancestral são realizadas com professores de seis escolas municipais de São José do Rio Preto até o final de setembro


A Lei 11.645/2008 determina o ensino da cultura e da História de povos originários e afro-brasileiros no currículo escolar, no entanto, devido à uma histórica formação acadêmica eurocentrada, são muitos os educadores que não têm referências para trabalhar os saberes multiculturais em sala de aula. E é essa problemática que o projeto Raízes Vivas: saberes e práticas ancestrais para professores, da Coletiva Educa Ancestral, busca reverter, com encontros de formação voltados para professores da rede pública de São José do Rio Preto.

Gizele, Lucilla e Neny, da Coletiva Educar Ancestral

Os encontros são realizados pelas educadoras Neny Luá, Gizele Juá e Lucilla Martins, que criaram a Coletiva Educar Ancestral para promover a cultura afro-brasileira e dos povos originários do Brasil na educação e na cultura de São José do Rio Preto. “A proposta destes encontros formativos é integrar saberes indígenas e afro-brasileiros em práticas inclusivas, criativas e antirracistas, fortalecendo o papel da escola como espaço de diversidade, natureza e ancestralidade”, destaca Neny.

As oficinas do projeto Raízes Vivas tiveram início em julho e seguem até o final de setembro, envolvendo educadores de seis escolas da rede municipal: EM Soldadinho de Chumbo, EM Raio de Sol, Creche Sylvia Purita, EM Osni Assis Pereira, EMEI Dr. Mario Moraes Altenfelder Silva e EM Tacla Said Benetti.

Segundo Gizele Juá, os encontros formativos buscam reconectar os educadores com suas raízes ancestrais e, a partir delas, mobilizar práticas e conhecimentos que podem ser trabalhados durante todo o ano com as crianças e adolescentes. “Buscamos mostrar como elementos da cultura dos povos originários podem enriquecer a construção do conhecimento em sala de aula, como o uso de tintas naturais e de argila, além da música, da literatura e outras formas de arte”, explica.

Para as idealizadoras da Coletiva Educar Ancestral, os educadores podem articular suas próprias ancestralidades para trabalhar o presente, resgatando saberes, brincadeiras de infâncias e outros costumes que foram sendo esquecidos ao longo do tempo, de modo a ensinar a cultura dos povos originários sem estigmas e estereótipos.

O projeto Raízes Vivas: saberes e práticas ancestrais para professores é realizado com recursos da Lei Nelson Seixas 2024, da Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto.

Conheça a Coletiva Educar Ancestral no Instagram @educar.ancestral.

Fotos: Divulgação

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