Em tempos difíceis podemos seguir devagar.
Aguar as plantas, brincar com as crianças, fazer aquele bolo gostoso e comer com café.
Em tempos de medo, melhor andar um passo de cada vez. Talvez não seja hora de grandes planos.
Olho no olho, compartilhamento de tarefas e de vida pode ser o passo certo.
Em tempos de angústia, para que acumular tanto? Um short e uma camiseta, pés descalços, uma música e uma ciranda e seguimos girando.
Não está fácil, estamos pausados e nos nossos ouvidos sopram só tormentos.
Em tempos difíceis, nos resta celebrar a vida que temos, a saúde, o alimento e fincar os pés na fé.
Em tempos duros, faça mais que dizer que ama, demonstre. Afague o cabelo das crianças, durmam todos na mesma cama, faça massagem no companheiro, tome banho de mangueira. Flexibilize a vida.
Em tempos ruins, esquenta a água, põe o chá pra fazer, sente com as crianças, faça caretas, aperte as bochechas, acolha o choro.
Em tempos de limitação abra exceção. As paredes podem ficar mais alegres se ganharem desenhos.
Em tempos de tristezas, não se demore nas desavenças. Um pedido de desculpas e um abraço apertado pode curar mais que muito remédio controlado.
Quando esses tempos acabarem, talvez a gente perceba que a vida mora nas pequenas coisas mesmo.
Texto e Fotos: Bruna Oliveira @brunamamaesincera