helmet<\/em>, que existe desde a d\u00e9cada de 80, mas que n\u00e3o estava dispon\u00edvel no Brasil. Diante das dificuldades em encontrar componentes para operabilidade com o corpo humano e pela demora na tramita\u00e7\u00e3o, o engenheiro Guilherme Thiago de Sousa decidiu tocar sozinho o projeto para ganhar velocidade e efici\u00eancia. Logo, agilizou o processo criativo, construtivo e operacional de engenharia, al\u00e9m da industrializa\u00e7\u00e3o e comercializa\u00e7\u00e3o de um produto que iria impactar a \u00e1rea da sa\u00fade no Brasil: o capacete de ventila\u00e7\u00e3o, criado para evitar a intuba\u00e7\u00e3o de pacientes com dificuldade respirat\u00f3ria contaminados pela Covid-19. O primeiro prot\u00f3tipo ficou pronto em 40 dias desde sua cria\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n\u201cDurante essa trajet\u00f3ria, pude conhecer hist\u00f3rias de diversos profissionais em todo o Brasil que v\u00eam trabalhando incessantemente desde o come\u00e7o da pandemia para atender a alta demanda e dar o m\u00e1ximo suporte em meio \u00e0 escassez de recursos e infraestrutura. Reconhecer o papel do engenheiro, de poder trazer uma solu\u00e7\u00e3o que funcione, \u00e9 muito gratificante e especial\u201d, afirma o diretor da Life Tech Engenharia Hospitalar. \u201cEm fun\u00e7\u00e3o do BRIC, fui convidado a fazer um doutorado no departamento de pneumologia da faculdade de medicina da USP e estou trabalho em outro projeto vinculado a pneumo\u201d, comenta.<\/p>\n\n\n\n
\u201cSer\u00e1 que funciona?\u201d<\/strong><\/p>\n\n\n\nAo longo da pandemia, novos processos, terapias e medicamentos surgiram, com o intuito de serem eficazes a cada manifesta\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a. \u201cQuando eu falava \u2018desenvolvemos uma solu\u00e7\u00e3o para a Covid-19\u2019, j\u00e1 tinha uma conota\u00e7\u00e3o negativa. Os especialistas que desconheciam o equipamento tratavam com o lado da descren\u00e7a e com a pergunta \u2018ser\u00e1 que funciona?\u2019, comenta Guilherme.<\/p>\n\n\n\n
<\/figure><\/div>\n\n\n\nEle afirma que o alarde da maioria das solu\u00e7\u00f5es que apareceram na pandemia para o combate \u00e0 doen\u00e7a n\u00e3o foram efetivas e nem validadas \u2013 eram doadas e ficavam no hospital. \u201cEra uma s\u00e9rie de entulho que n\u00e3o funcionava. Chegou a um ponto em que a equipe m\u00e9dica nem avaliava, apenas colocava de lado\u201d, descreve Guilherme. \u201cUm feedback que tivemos de diversas frentes da \u00e1rea m\u00e9dica foi que a equipe cl\u00ednica estava t\u00e3o saturada de \u2018solu\u00e7\u00e3o de algu\u00e9m que fez\u2019 e era algo que n\u00e3o resolvia\u201d.<\/p>\n\n\n\n
Tecnologia nova no Brasil, mas n\u00e3o no mundo<\/strong><\/p>\n\n\n\nEquipamento similar era validado fora do pa\u00eds e j\u00e1 vinha sendo utilizado na Europa e nos Estados Unidos como um aliado no combate ao coronav\u00edrus. \u201cN\u00e3o chegava aqui porque o custo era invi\u00e1vel para traz\u00ea-lo. Ent\u00e3o, n\u00e3o se conhecia o estado da t\u00e9cnica pelo pre\u00e7o do produto\u201d, salienta.<\/p>\n\n\n\n
Por ser uma t\u00e9cnica menos invasiva com baixo custo de produ\u00e7\u00e3o, a Life Tech Engenharia Hospitalar passou a desenvolver e produzir o dispositivo em solo nacional. \u201cQuando apresentamos as unidades aos hospitais, a grande frente de batalha atuando contra a Covid-19 n\u00e3o estava preparada para receber a tecnologia. Tivemos um trabalho muito forte de evangeliza\u00e7\u00e3o no mercado\u201d, relembra.<\/p>\n\n\n\n
Estudos comprovam sua efici\u00eancia<\/strong><\/p>\n\n\n\nA taxa de mortalidade para pacientes intubados com Covid-19 \u00e9 de 70% a 86%. Estudos da Universidade de Chicago sobre a tecnologia de ventila\u00e7\u00e3o baseada em capacetes demonstram que, com a utiliza\u00e7\u00e3o da BRIC, de 20% a 35% de pacientes com Covid-19 n\u00e3o necessitaram de intuba\u00e7\u00e3o. Os estudos tamb\u00e9m revelam que o uso do capacete evita a intuba\u00e7\u00e3o em 54% de pacientes com S\u00edndrome Respirat\u00f3ria Aguda Grave (SARS).<\/p>\n\n\n\n
\u201cA BRIC se torna uma aliada no combate \u00e0 Covid-19, e tamb\u00e9m pode ser utilizada no tratamento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias como influenza (H1N1), gripe avi\u00e1ria, gripe su\u00edna, SARS, etc.\u201d, afirma Guilherme Thiago de Souza, ressaltando que a solu\u00e7\u00e3o veio para ficar.<\/p>\n\n\n\n
Primeiro capacete nacional liberado pela Anvisa<\/strong><\/p>\n\n\n\nDe acordo com o diretor, a aprova\u00e7\u00e3o da Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa) tornou a BRIC oficialmente um equipamento m\u00e9dico para uso em tratamentos, dispon\u00edvel para a aplica\u00e7\u00e3o em medicina de car\u00e1ter irrestrito, podendo ser comercializado de forma legal.<\/p>\n\n\n\n
<\/figure><\/div>\n\n\n\n\u201cCom a libera\u00e7\u00e3o da Anvisa, refor\u00e7amos o posicionamento profissional da Life Tech Engenharia Hospitalar, de forma a trazer ao mercado de produtos hospitalares um equipamento profissional efetivo no combate \u00e0 pandemia e desenvolvido, fabricado e homologado em tempo recorde no pa\u00eds\u201d, explica. <\/p>\n\n\n\n
Novos aprendizados para a medicina brasileira<\/strong><\/p>\n\n\n\nGuilherme comenta que os impactos da BRIC no tratamento da Covid-19 foram positivos. \u201cConseguimos trazer uma solu\u00e7\u00e3o de excel\u00eancia mundial a um n\u00edvel nacional e acess\u00edvel \u00e0s pessoas. O impacto foi extremamente positivo por ser um tratamento pela baixa invasividade e por n\u00e3o afetar tanto o paciente. Por ser compat\u00edvel com um paciente acordado e reagindo e pelo curto espa\u00e7o de tempo de resposta, o produto trouxe novas perspectivas para a \u00e1rea da pneumologia no Brasil\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cEstive cerca de 80 horas dentro de UTIs Covid acompanhando pacientes e \u00e9 inexplic\u00e1vel a gratid\u00e3o e o sentimento de ver a melhora, recupera\u00e7\u00e3o e libera\u00e7\u00e3o de uma pessoa para sua vida normal. Somos extremamente gratos de constatar que o projeto realmente salva vidas e justifica todo o esfor\u00e7o, investimento e energia aplicados\u201d, finaliza o engenheiro.<\/p>\n\n\n\n
Texto: Marcela Martinez \/ Comunica Brasil \/ Divulga\u00e7\u00e3o Fotos: Comunica Brasil \/ Divulga\u00e7\u00e3o <\/p>\n\n\n\n
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J\u00e1 utilizada em mais de 4.000 pacientes, a BRIC \u2013 Bolha de Respira\u00e7\u00e3o Individual Controlada, o primeiro produto tipo capacete nacional a ter aprova\u00e7\u00e3o da Anvisa, desenvolvida 100% no Brasil pela empresa Life Tech Engenharia Hospitalar, vem ajudando m\u00e9dicos e profissionais da sa\u00fade a evitar a intuba\u00e7\u00e3o e a salvar vidas. Mais de 100 hospitais…<\/p>\n","protected":false},"author":3,"featured_media":14461,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[49],"tags":[],"class_list":["post-14457","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-noticias-do-bem"],"yoast_head":"\n
Capacete de ventila\u00e7\u00e3o produzido no Brasil evita intuba\u00e7\u00e3o e salva vidas - Not\u00edcias do Bem<\/title>\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n