Em que mundo ele vive?
Confira um artigo sobre a diferença entre os homens e mulheres
Às vezes você tem a sensação de que os homens vivem no mundo da lua? Você não é a única. E a resposta pode estar no cérebro – o seu e o deles!
Me diga se já aconteceu com você: seu namorado/marido está na sala, veendo um jogo de futebol qualquer, você se aproxima romanticamente, sussurrando-lhe palavras adocicadas no ouvido, acariciando-lhe os ombros – e não obtém reação alguma dele. Você, mulher dedicada que é, insiste com um pouco mais de charme e é recebida com igual diferença. Em poucos minutos (ou segundos, entre alguns casais) o estresse está formado: você se sente indesejada e ele, confuso, já que “não fez nada de mais”, começa a procurar no Google um psicólogo que possa ajudá-lo a entender a complicada mente feminina. Se você se identificou com este caso, você não está sozinha. Este fenômeno é conhecido como compartimentalização e é comum entre homens e mulheres.
Vou simplificar. Imagine uma pizza, fatiada em vários pedaços. Cada pedaço é separado do outro, permitindo uma conveniente forma de segurar aquela única fatia a ser saboreada. Essa é a forma como homens sistematizam informações. Seu raciocínio é dividido em “fatias” que contém um exclusivo assunto apenas. Eles têm a fatia dedicada para o carro, a fatia para o relacionamento amoroso, a fatia dedicada para o trabalho, e assim por diante. O que as mulheres falham em compreender é que o homem vive uma fatia de cada vez: quando ele está na fatia do trabalho, é lá que ele ficará, quando está assistindo TV, é só isso que estará fazendo.
Eis aqui uma estatística: em média, mulheres falam 7 mil palavras por dia, contra apenas apenas 2 mil dos homens. Isso acontece porque – além de terem que repetir a mesma coisa uma centena de vezes para os ouvidos masculinos desatentos – mulheres possuem um circuito cerebral pautado pela multiplicidade de informações, enquanto o homem é distintamente singular em suas tarefas.
Mulheres, por outro lado, processam a vida na forma de uma grande prato de macarrão. Se você tentar seguir um único fio de macarrão pelo prato, verá que ele toca em outros diversos fios, às vezes até atravessando o outro de forma discreta e fluida. Essa “interconexão” de focos permite à mulher a habilidade de multitarefa – motivo pelo qual elas consideram inconcebível a ideia de focar em um único assunto, incitando perguntas do tipo “Em que mundo ele vive?” ou, até pior, “Está escondendo algo de mim?”. A consequência imediata dessa sensível diferença é que a linguagem do homem é mais objetiva, concreta e direta, em oposição à da mulher, que é repleta de detalhes e nuances.
A melhor forma de lidar com essas diferenças é não se zangar ou achar que ele a está rejeitando, pois não se trata disso. A riqueza de um relacionamento gratificante nasce da diversidade: respeite as diferenças, interaja elegantemente com elas, divirta-se. Almeje a felicidade e direcione seus passos à ela sem medo. Essas atitudes despertam o desejo de união sincera, de compreensão, de lealdade e, principalmente, de paixão pela vida. Desejar moldar os outros à sua semelhança é ilusório e um passaporte para uma vida solitária. Homens e mulheres são diferentes – e isso é maravilhoso! Aprendemos que reconhecer essas diferenças não nos diminui, mas nos engrandecem e ajudam a enxergar a beleza da existência e a construção da união. O amor, seja ele do tipo que for, só é livre de esforços nos contos de fada. Viver feliz para sempre significa chorar de vez em quando e respeitar sempre.
Danilo Ferraz é escritor, autor do livro “Por que os homens pensam e as mulheres sentem?”, empresário e palestrante, especializado em Programação Neurolinguística.
29/06/2016
29/06/2016 12:38