Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Momento importante para celebrar as conquistas ao longo dos últimos séculos. Depois de tanta luta por reconhecimento, a presença feminina tem ficado cada vez mais forte nas diversas áreas da sociedade.
E tem sido assim também no setor de saneamento. Em Andradina e Castilho, segundo dados da Águas Andradina e Águas Castilho, empresas do Grupo Iguá e Sabesp, e em Palestina e Mirassol, segundo dados da Esap e da Sanessol, empresas do Grupo Iguá e Aviva Ambiental, a rotina das concessionárias conta com o trabalho de mulheres que fazem a diferença pelo cuidado, dedicação e potência em suas ações.
Como é o caso da Janaína Pimentel, de 40 anos, que trabalhou como auxiliar de limpeza durante muitos anos e foi surpreendida por um convite da Águas Andradina para ser a primeira encanadora da empresa. Ela aceitou este desafio em setembro do ano passado e se sente feliz com a nova oportunidade que mudou sua vida. Com carteira assinada, a família tem orgulho desta profissão. Ela tira de letra o manuseio de ferramentas, antes consideradas de uso exclusivo dos homens como marreta, cortador de tubo, alicate, serrote. “Vejo a minha história como um promissor caminho para outras mulheres; havendo oportunidade, podemos nos desenvolver e sermos reconhecidas”, comemora.
Eliana Kazue Moriguchi, de 41 anos, analista de engenharia da Águas Andradina e Águas Castilho, sabe muito bem o que é desbravar um ambiente predominantemente masculino. Durante a faculdade de engenharia, há 12 anos, eram apenas 30% de mulheres na turma. Dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) mostram que quase 19% dos profissionais ativos no sistema são mulheres. Eliana também tem formação em Matemática, MBA em Gerenciamento de Projetos e pós-graduanda em Gerenciamento de Sistemas de Abastecimento de Água e Sistemas de Esgotamento Sanitário. Com muito engajamento, ela cuida de detalhes importantes das obras nos sistemas de água e esgoto das duas cidades em que atua. Ela dá uma dica importante para aquelas que pretendem seguir o seu caminho. “É um equívoco querer ser igual aos homens, se equiparar; eu aprendi que o interessante é justamente assumir posições que geralmente eles ocupam, mantendo a postura, visão e sensibilidade feminina. Somos engajadas e comprometidas por natureza e muito guerreiras”, conta.
Cristiane Rosa Madruga Pereira, tem 29 anos, é formada em administração e atua como coordenadora de gestão de cliente da Águas Andradina e Águas Castilho. “Me apaixonei pelo saneamento há 8 anos. Cada momento foi um desafio diferente, até que me vi em uma zona de conforto e resolvi ir atrás de novos caminhos. Hoje, me encontro a mil quilômetros da minha família e dos amigos, mas sigo meu instinto que é trabalhar no setor, ultrapassando todas as barreiras. Atualmente, ela lidera 24 colaboradores. “Minhas atividades diárias são resolver os problemas dos cidadãos, formar pessoas (meu propósito de vida), aprendo todos os dias. Isso me move, dá forças para querer ainda mais. Costumo dizer que nas minhas veias não corre sangue e sim água”, conta.
Amanda Duarte, de 31 anos, analista comercial da concessionária, diz que viu a oportunidade de fazer parte da equipe na época da faculdade de administração. “Entrei na empresa há onze anos como auxiliar geral na parte da limpeza, depois fui para o almoxarifado e há dois anos trabalho como líder de atendimento. Acho muito importante as mulheres ocuparem cada vez mais os cargos de liderança, essa representatividade e empoderamento são necessários para incentivar as futuras gerações. Já enfrentei diversos desafios, mas tento não focar nisso e sim no que me motiva. A minha missão é resolver o problema do cliente, quero que ele saia daqui satisfeito e contente. Temos outras demandas em casa, como a responsabilidade de cuidar da minha família, então o dia a dia é desafiador, mas muito gratificante, ainda mais quando penso que estamos levando Saneamento Básico e qualidade de vida para à população”, diz Amanda.
A auxiliar administrativa da Esap, Mônica da Silva, tem 36 anos, e fala orgulhosa sobre tudo que conquistou em sua vida com o esforço do seu trabalho. Depois de ter trabalhado em um supermercado e uma padaria da cidade, em horários em que não era possível ficar muito tempo com seus dois filhos, ela resolveu buscar uma mudança de vida. “Faz 9 anos que estou na Esap, entrei como auxiliar geral, fazia leitura, ajudava nos outros setores também e há 3 anos sou responsável pelo almoxarifado e tenho orgulho de fazer parte do time. Nesse meio tempo, me formei em um curso superior e sempre que bate um desânimo, olho para tudo o que conquistei sozinha, sendo mãe e fico muito realizada. Faço parte dessa evolução de oferecer saneamento básico aos moradores, me sinto muito feliz e realizada. Mal posso esperar para contar aos meus netos que fiz parte da universalização do esgoto na cidade”, conta.
Márcia Aparecida da Silva, de 35 anos, trabalha com atendimento ao cliente na Esap, empresa que há 11 anos à acolheu. “Entrei como leiturista e, em 2013, fui para o setor de atendimento em que me encontrei. Acho importante a representatividade e o espaço que cada vez mais estamos alcançando. Quando a empresa assumiu os serviços me despertou a vontade de fazer parte da equipe e logo que cheguei percebi o clima familiar entre os colaboradores, somos super próximos. Recentemente, perdi minha mãe para a Covid-19 e encontrei nos meus colegas de trabalho o apoio necessário para superar o luto. São nessas horas que realmente vemos quem está do nosso lado, sou muito grata pelo time Esap”, revela.
Como o caso da gerente operacional, Renata Ferrarese, de 39 anos, mãe do Marcelo, de 9 anos, responsável por um time de 60 colaboradores. Mestre em Química, ela está cursando faculdade de Engenharia Química e não pensa em parar de estudar para se aperfeiçoar cada vez mais, afirmando que características típicas femininas colaboram e são essenciais para o seu modelo de gestão. “Sempre estou disponível com atenção e pronta para escutar, gerando um sentimento de confiança e empatia”, conta. O papel dela faz parte da vida dos clientes, já que é a responsável em gerenciar todos os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água e de coleta, afastamento e tratamento de esgoto. Toda melhoria feita nos bairros da cidade, como novos poços ou novas redes, por exemplo, passa pelas mãos de Renata.
Janaína Bispo da Silva, de 32 anos, está há sete anos na Sanessol e se sente valorizada pela empresa. Ela começou como leiturista, depois foi convidada para o atendimento e há um ano e três meses assumiu a função de assistente de gestão de clientes. Moradora do bairro Santa Rita, tem mantido seu trabalho na linha de frente nesses tempos de Covid-19 com muita seriedade para chegar em casa com saúde para cuidar de sua família. “Atualmente tenho oito homens na minha equipe, é um desafio diário entender as expectativas de cada colaborador e coordenar o fluxo, mas com dedicação e profissionalismo conquistei o respeito de todos. Também sou responsável pelos leituristas e fiscais que fazem verificação de excesso de consumo devido a possíveis vazamentos internos”, complementa.
Outra mulher importante no time da Sanessol é a coordenadora administrativa financeira Leila Bamberg, de 31 anos, responsável pelo planejamento estratégico da concessionária, controla o estoque de todos os suprimentos utilizados nas manutenções e ampliações dos sistemas, administra a frota e cuida do fluxo administrativo e financeiro. Para ela, esta data é muito significativa para valorizar a representatividade feminina na sociedade. “Acredito que os principais atributos femininos que fazem a diferença no dia-a-dia de trabalho são senso de urgência, atendimento humanizado e empatia”, afirma.
Texto: Fernanda Peixe / Notícias do Bem
Fotos Ricardo Boni / Notícias do Bem e Divulgação / Assessoria de Imprensa