ENTENDA OS 6 DISTÚRBIOS DO OLFATO E DO PALADAR CAUSADOS PELA COVID-19

Imagine esta cena: você marca com os amigos para jantar no seu restaurante favorito para comer seu prato, sobremesa e vinho prediletos. Chegando lá, depois de tanto tempo sem fazer este tipo de programa devido à pandemia, você não sente o cheiro e o sabor de quase nada, a ponto de nem reconhecer o que está degustando.

A situação descrita acima pode ser estranha para alguns, porém tem sido vivida por muitas pessoas que já tiveram Covid-19. Além de privar desses momentos de bem-estar e prazer, ficar com o olfato comprometido pode gerar situações de risco, como não sentir o cheiro da fumaça de um incêndio, do gás aberto ou, até mesmo, comer algo contaminado sem perceber.

Segundo o otorrinolaringologista do Hiorp, de São José do Rio Preto, Rael Lucas Matimoto, alterações de olfato e do paladar são as principais queixas das pessoas que procuram o hospital nos últimos dois anos. “Outros quadros apresentados no hospital são dor de garganta, obstrução nasal e até mesmo problemas respiratórios como sinusite. Em todos os casos, é necessário recorrer a um especialista para seguir o tratamento indicado para cada caso”, conta.

Os problemas mais recorrentes relacionados ao olfato têm nomes: anosmia ou hiposmia, trata-se da ausência ou diminuição, respectivamente, da capacidade de sentir cheiros; ou fantosmia – uma condição que faz com que você sinta odores que não estão realmente presentes. Quando isso acontece, às vezes é chamado de alucinação olfativa. A fantosmia também é chamada de cheiro fantasma ou alucinação olfativa. Os cheiros variam de pessoa para pessoa, mas geralmente são desagradáveis, como cheiros de torrada queimada, metálicos ou químicos.

Já os do paladar, os distúrbios mais comuns são: hipogeusia e ageusia – diminuição e perda completa do sentido; e disgeusia – dificuldade de reconhecimento dos alimentos doces ou ácidos.

De acordo com as orientações da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e da Academia Brasileira de Rinologia, neste momento de pandemia, o paciente que apresenta esses sintomas tem forte chance de estar com COVID-19 e deve iniciar medidas de isolamento até que possa realizar o teste confirmatório para a doença.

Comprovação científica

●    Um artigo publicado na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia destaca que a perda súbita total ou parcial do sentido do olfato apresenta alto valor preditivo positivo para o diagnóstico de Covid-19, durante a pandemia de Covid-19 no Brasil (88,8%).

Fonte: https://www.scielo.br/j/bjorl/a/mxkVmqNrRQnmnqY6QmwN7dc/?lang=en#:~:text=Conclusion%3A,the%20transmission%20of%20the%20disease.

●      Um estudo publicado também na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia mostra que podem ocorrer distúrbios olfativo-gustativos em intensidades variáveis e prévios aos sintomas gerais da COVID-19, e devem ser considerados como parte dos sintomas da doença, mesmo em quadros leves.

Fonte: http://www.bjorl.org/pt-olfactory-taste-disorders-in-covid19-articulo-S2530053920301309

●      Uma pesquisa publicada no Journal of Internal Medicine revelou que 86% dos pacientes infectados com o novo coronavírus apresentaram alguma disfunção olfatória, que pode, inclusive, demorar meses até ser recuperada.

Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/joim.13209

●      Pesquisadores da Virginia Commonwealth, universidade americana, descobriram que 80% dos que perdem olfato ou paladar após uma infecção por Covid recuperam os sentidos em até 6 meses.

Mais informações: www.hiorp.com.br

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