Cineclube da Cênica exibe filmes realizados por mulheres a partir deste segunda-feira

Projeto é uma iniciativa do coletivo teatral Cênica e seguirá até quinta-feira com exibições gratuita na Sede Cênica


O coletivo rio-pretense Cênica realiza, a partir desta segunda-feira (26), uma edição especial do Cineclube da Cênica, com sessões gratuitas de filmes de longa-metragem realizados por mulheres, em sua sede, no Jardim dos Seixas, em Rio Preto. A programação faz parte do Projeto Território Cênico 2023 e segue ao longo da semana com sessões sempre às 19h30. A curadoria é de Anna Magalhães, Bruna Giorgiani de Arruda, Carol Capelli e Christina Martins. Depois das exibições, elas conduzem debates com o público a partir das obras, que abordam temas como maternidade, amor, amizade, depressão, diversidade, luta por direitos, entre outros.

A abertura é com o documentário luso-brasileiro “Olmo e A Gaivota” (2014), com direção e roteiro de Lea Glob e Pietra Costa, obra que acompanha a atriz Olivia ao se preparar para atuar em “A Gaivota”, de Tchekov, e descobrir que está grávida quando o espetáculo começa a ganhar forma. Os meses seguintes se desdobram como um rito de passagem, que a forçam a confrontar seus medos mais obscuros. Quem estará à frente da conversa é Carol, produtora cultural e audiovisual. Antropóloga de formação, ela estuda a interface entre antropologia e a linguagem documental no audiovisual e é coautora do livro “Pororoca” (2022), coleção de ensaios sobre maternidade.

No dia seguinte, o público poderá assistir a “Indianara” (2019), de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, documentário a respeito da trajetória da ativista transexual Indianara Siqueira, uma das idealizadoras da Casa Nem, abrigo para pessoas LGBTIs em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro. O bate-papo será com Christina, travesti não-binárie, atriz e performer que atua nas companhias Cênica, Beradeiro, Território da Dança e G.A.L. – Grupo de Apoio à Loucura.

“As Sufragistas” (2015) é o filme do terceiro dia do Cineclube, uma produção franco-britânica com direção de Sarah Gavron e roteiro de Abi Morgan, sobre a luta das mulheres por igualdade e direito ao voto no Reino Unido do século 20. Bruna, socióloga, especialista em ensino de sociologia e ciência política, militante feminista e pró veganismo, conduzirá o diálogo com espectadores depois da exibição.

A edição fecha com “Café com Canela” (2017), rodado no Recôncavo Baiano, com direção de Ary Rosa, que assina também o roteiro, e Glenda Nicácio. A obra traz duas protagonistas negras e trata de temas como amor, amizade e depressão. Após perder o filho, Margarida vive isolada da sociedade até Violeta, uma ex-aluna, bater à sua porta e assumir a missão de devolver um pouco de luz à professora que foi importante em sua juventude. Anna conversará com a plateia após o filme. Artista multimídia e arte-educadora, mulher preta e mãe, suas produções e mediações passam pela escrita, arte visual e têxtil e performance.

Dança
Além da realização do Cineclube, o Território Cênico está com inscrições abertas para a oficina gratuita de dança “Expressões e movimentações possíveis do corpo no espaço e no tempo com o outro”, com a bailarina, coreógrafa, atriz e arte-educadora Cássia Heleno, para pessoas com ou sem experiência a partir dos 16 anos. São 20 vagas e as aulas serão realizadas de 3 a 7 de julho, de segunda à sexta, das 19h às 22h, também na Sede Cênica.

Através da técnica de improvisação, da consciência corporal, da respiração, da relação do corpo com o espaço, com o tempo, com o outro, com sensações e sentimentos, a proposta é apresentar a dança possível para todos, sendo necessária sempre, principalmente nos dias de hoje. As inscrições são pelo formulário online https://forms.gle/ZVbZRqAt3rYH3XVh9.

Serviço
Cineclube da Cênica
De 26/6 a 29/6 (segunda a quinta-feira), às 19h30
Sede Cênica (Avenida das Hortênsias, 265)
Grátis

Fotos: Divulgação

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