ENFERMEIRA E MÃE – Ensino as mães a cuidarem dos filhos, mas não foi fácil quando esse papel inverteu

ENFERMEIRA E MÃE

Ensino as mães a cuidarem dos filhos, mas não foi fácil quando esse papel inverteu

Na semana do Dia das Mães, o Notícias do Bem traz alguns relatos singelos delas, de mães. Dessa vez quem conta a sua história é a enfermeira Gabriela Cristina Ottoboni Alves, mãe da Laura, de 1 ano e 8 meses.

Além da comemoração das mães, que será neste domingo, nessa semana, mais precisamente, hoje, sexta-feira, dia 12 de maio, Gabriela também comemora outro dia que também é dela, o Dia do Enfermeiro (a). Uma data dedicada a esses profissionais que se cuidam de muitas mães e muitos filhos de outras tantas. Em seu trabalho, como integrante da equipe do programa Beabá Bebê da Unimed Rio Preto, Gabriela tem um importante missão que é a de orientar as futuras mamães, trabalho esse que ela realiza mesmo antes de se tornar uma delas…

Eu sou enfermeira obstetra na Unimed e estou no ‘Beabá Bebê’, há 6 anos. Lá ensinamos tudo sobre a gestação e seus cuidados, desde a postura para a mãe dormir até aulas com psicólogas, falando do vínculo familiar após o nascimento do bebê. Temos o atendimento ambulatorial e domiciliar, onde fazemos as visitas, também com o intuito de ajudar nos cuidados e orientações para a mãe em relação ao bebê e, para fechar o ciclo, temos o projeto “Educar Para Crescer”, que são reuniões voltadas diretamente às crianças até dois anos de idade e também para os pais.

Tudo que eu ajudo a ensinar para esses pais que nos procuram, hoje, eu tenho a oportunidade de por em prática com a minha filha, conciliando o trabalho, como a profissional, com a dona de casa e ser mãe.

Eu sempre quis ser mãe, mas surgiu um probleminha no meio do caminho que acabou fazendo com que demorasse um pouco mais que o previsto. Eu tinha endometriose e tentei engravidar durante cinco anos, por meio de vários tratamentos, inclusive a fertilização. A gente (a família) passou por um período bem difícil, mas no final tudo deu certo. A espera tinha sido tanta, que quando eu descobri a gravidez, nenhum tipo de medo passou pela minha cabeça. Nenhum receio de ‘não dar conta’. Hoje, Laura, a minha filha, está com 1 ano e 8 meses e, desde que ela veio pra mim, é só felicidade.

Eu trabalho há muito tempo ensinando as mães a cuidarem dos seus filhos, mas, quando esses papéis inverteram, eu vi o quanto é difícil. Na teoria tudo parece ser mais simples. (risos). É verdade quando dizem que quando nasce um filho, nasce uma mãe junto, pois a gente aprende muito com eles, em tudo.

GabrielaEu trabalho o dia todo e tento conciliar o tempo que eu tenho depois do serviço para cuidar dela. Acho muito importante a gente ter um tempo de qualidade juntas. Por isso, o tempo que eu estou em casa, me dedico à ela e às coisinhas dela, ajudo ela na hora da janta, dou banho, mesmo que ela já tenha tomado, brinco, assisto desenho, tudo juntas e eu faço questão de conversar muito com a minha filha e isso vêm desde a gestação, talvez, por isso, hoje, a Laura seja tão tagarela (risos). Mas é preciso… Estamos vivendo em um mundo onde falta esse contato direto com o filho e esse tempo de qualidade, porque não adianta estar e não estar verdadeiramente com seu filho. A criança precisa muito da gente.

Uma das coisas que eu percebo é que depois que eu virei mãe eu passei a me cuidar mais, no sentido de não me permitir ficar doente, porque eu sei que tem uma bebezinha que precisa de mim. E é bem assim mesmo, é como se toda mãe ‘esquecesse’ de ficar doente para poder cuidar e brincar com os nossos filhos, então, a gente passa a se cuidar mais… Não que antes não me cuidasse, mas agora passa a ser primordial.

A gente se torna o exemplo para eles, tudo que eu faço agora é pensando na Laura, é pensando que ela está vendo tudo e reproduz minhas atitudes, por isso, eu me sinto e sou muito melhor do que eu era que antes…

Gabriela Cristina Ottoboni Alves, mãe de Laura

Sobre o “Beabá Bebê”
O programa foi criado em 1999 com intuito de oferecer um serviço gratuito com informações, esclarecimentos e vivencias para aprimorar os cuidados com o bebê e estimular o aleitamento materno. O objetivo do programa é acolher e acompanhar as mães do início da gestação até o segundo ano de vida do bebê. Desde o início, mais de 20.800 gestantes já foram beneficiadas pelo Beabá Bebê nestes 18 anos. Em grupos, elas participam de cinco encontros durante os quais aprendem e compartilham informações sobre os cuidados que devem ser tomados durante a gravidez e no pós-parto. As aulas abordam temas que vão desde aleitamento materno, até a importância das vacinas para o bebê. Beabá Bebê – (17) 3202-1144

Sobre o “Educar Para Crescer”
O curso “Educar para Crescer”, destinado aos pais e as crianças com até dois anos de idade, tem a duração de sete encontros e uma equipe multidisciplinar ministra aulas com diferentes temas, além de promover a troca de experiências entre os participantes.
Os assuntos abordados têm por objetivo auxiliar o dia a dia de toda família e vão desde a introdução de novos alimentos à dieta do bebê e orientações psicomotoras, até regras e limites para a criança e a relação conjugal dos pais.

Reportagem: Andressa Zafalon / Notícias do Bem

Fotos: Ricardo Boni / Notícias do Bem

11/05/2017

11/05/2017 18:27

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