ESPECIAL DIA DAS MÃES
Engravidei quando eu cursava a faculdade e esse ano será o meu primeiro Dia das Mães formada
Esse é mais uma história de mães que o Notícias do Bem traz em comemoração ao dia delas. Dessa vez quem conta a história é a nossa jornalista Andressa Zafalon, que há cerca de dois meses faz parte da equipe do Notícias do Bem. Andressa conta sua jornada como mãe e o sua formação como jornalista, uma realidade vivida por muitas mulheres, confira seu relato e inspire-se!
“Para muitas mulheres, ser mãe é sinônimo de realizar um sonho, e comigo não foi diferente. Desde muito nova, sempre tive facilidade em cuidar de crianças, sejam eles primos mais novos, vizinhos, filhos de amigas e por aí vai. Mas eu sabia que, pela minha criação, eu deveria estudar, me formar, namorar, casar, pra depois ter filhos. Só que o destino não quis assim…
Entrei na faculdade com 17 anos, no curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, e sempre fui ótima aluna. Desinibida, de muitos amigos, me envolvia nos projetos em sala de aula, até que, no último ano da faculdade eu reprovei por falta. Era muito nova, os muitos amigos que eu havia feito no decorrer desses anos, acabaram sendo mais importantes do que freqüentar a sala de aula. Meus pais não me deixaram desistir e lá fui eu pro ‘5° ano’ de faculdade. Foi quando comecei a namorar e engravidei. Aos 22 anos eu estava gerando um bebê dentro de mim. Eu que sempre amei crianças, me vi desesperada e, como conseqüência, não quis mais freqüentar a faculdade. Sim, eu desisti no último ano.
O tempo foi passando, tive meu filho aos 23 anos e o sonho de me formar e ser jornalista adormeceu. Trabalhei em outras áreas e também na área da minha possível formação, mesmo sem tê-la. Passaram-se sete anos e um dia eu resolvi entrar e conversar na secretaria da faculdade, pra saber ‘em que pé’ estava a minha situação. Fui informada que daria pra eu voltar e concluir o curso, porém, eu voltaria no 3° ano e com várias adaptações. Confesso que me animei e desanimei ao mesmo tempo. Poxa, voltar no 3° ano, pra quem já havia feito quase cinco, não era uma tarefa fácil.
Conversando com um amigo que dava aula em outra faculdade, ele pediu pra eu ir até lá, conversar com a coordenadora do curso, pra ver se ela conseguiria me ajudar mais. E foi o que eu fiz. Fui até a faculdade, conversei com a coordenadora e ela fez o meu reaproveitamento de curso. Lá, eu voltaria também no 3° ano, mas com algumas dispensas e isso facilitaria muito a minha vida, afinal, eu continuaria tendo tempo pra estar presente na vida do meu filho que, nessa época, estava com 6 anos.
Sem pensar duas vezes, me matriculei novamente no curso de Jornalismo, entrei em uma sala que eu não conhecia ninguém, mas, como eu sempre digo: ‘eu sou uma garota de sorte!’ Encontrei pessoas que me ajudaram e me apoiaram a todo tempo. Com muito esforço e, muitas vezes, deixando de estar com o meu filho, cheguei ao final dessa jornada e me formei. Não participei da festa de formatura, porque a grana não dava, mas, só Deus sabe como eu festejei essa conquista!
Hoje, eu estou formada e trabalhando na minha área, sou eu quem escrevo parte dos textos que vocês leem aqui no Notícias do Bem. Meu filho só me ajudou todo esse tempo, chegou a ir em algumas aulas comigo, conheceu a rádio e a TV, ganhou homenagens em crônicas e entrevistas que eu fiz. E tudo isso só me faz ter a certeza de que valeu a pena.
Se no começo eu achava que foi tudo na hora errada, hoje, eu vejo que foi tudo na hora certa. Meu filho Pedro Henrique é o meu companheiro e sente um orgulho danado em dizer: ‘minha mãe é jornalista!’ Assim como eu sinto!
É o meu primeiro Dia das Mães formada, meu primeiro Dia das Mães como jornalista, e eu garanto que, poder escrever essa matéria sobre mim e meu filho para o site que eu trabalho, já é um dos meus maiores presentes!
Andressa Zafalon, mãe de Pedro Henrique e jornalista do Notícias do Bem!
13/05/2017
13/05/2017 11:42