Encerrando o projeto de circulação Margens Rizomáticas, o agrupamento rio-pretense Robo.art leva o espetáculo intermídia Corpomáquina ao distrito de Engenheiro Schmitt neste sábado (4), às 20h, com entrada gratuita. O trabalho que rendeu ao grupo duas indicações ao Prêmio APCA de Dança ano passado já fez apresentações em Talhado (13/4) e no ECO Santo Antônio (14/4) por meio da iniciativa.
O projeto de circulação do espetáculo Corpomáquina é viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto, Ministério da Cultura e Governo Federal.
As sessões são todas seguidas de bate-papo com a plateia, e com interpretação em Libras. A proposta é difundir produções locais ligadas à arte e tecnologia em regiões mais afastadas da cidade, propiciando ao público debates contemporâneos e pertinentes sobre a realidade pós-pandemia, sobretudo sobre a relação do homem com a máquina frente às novas e dominantes redes de informação e comunicação.
A partir do diálogo entre dança, performance e sensores musculares, Corpomáquina materializa uma pesquisa contínua do agrupamento sobre integração de linguagens e criações de dispositivos, que procura também repensar o corpo, o movimento e a arte diante uma dinâmica de redes e circuitos cocriativos.
A encenação se inicia com quatro artistas em cena – Vinicius Paquitinho Francês (direção coreográfica e performance), Vinicius Dall’Acqua (direção geral e operação de som), Gustavo Arão (técnico mecatrônica, operação de luz e contrarregragem) e Elissa Pomponio (produção executiva, operação de som e design gráfico) – espalhados entre dispositivos de som, iluminação, vídeo mapping e uma pirâmide triangular. A dramaturgia e o conceito da obra abordam o emergir do pensamento, o conflito, a integração e a transgressão do humano-máquina, refletindo sobre o cruzamento do biológico e do cibernético. Completam a equipe Fabiana Pezzotti (produção de espaços) e Eric Barboza (proposição dramatúrgica e trilha original).
Conforme explicam os integrantes do Robo.art, com o avanço das tecnologias, a automatização e a digitalização da vida, Corpomáquina se propõe a questionar qual o futuro possível dessa fusão entre o ser humano e a máquina. Durante o processo criativo, o coletivo levantou as seguintes questões: Como distinguir o que é humano e o que é máquina, onde o corpo se transforma em máquina ou onde a máquina adquire a consciência humana? A partir desses questionamentos, desenvolveu um sistema próprio de tradução de movimentos baseado em sensores e microcontroladores para realizar a leitura da tensão e distensão muscular do bailarino que, ao se movimentar, gera a sonoridade da obra através desse dispositivo.
Prêmios
Em 2022, o espetáculo foi premiado pela Cooperativa Paulista de Dança com o X Prêmio Denilton Gomes de Dança, na categoria Intermédia Performática em Dança, além de realizar temporada no Centro Cultural São Paulo. No ano passado, Corpomáquina foi indicado em duas categorias no Prêmio APCA de Dança: Intérprete e Prêmio Técnico.
Serviço:
‘Corpomáquina’, do agrupamento Robo.art
Dia 4/5 (sábado), 20h
Salão Comunitário de Engenheiro Schmitt (Rua Voluntários da Pátria, 351)
10 anos
Grátis
Foto: Victor Natureza/Divulgação
Notícias do BEM
Robo.art apresenta espetáculo indicado ao Prêmio APCA em Engenheiro Schmitt
Sessão gratuita será neste sábado (4), às 20h, seguida de bate-papo com o grupo rio-pretense, no salão comunitário do distrito