UMA MÃE, SEIS FILHOS

UMA MÃE, SEIS FILHOS

Uma história sobre o poder transformador do amor incondicional ao próximo

Amor. Esta palavra define a história da diretora voluntária do Ielar (Instituto Espírita Nosso Lar) de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Adriana Fasanelli, uma mulher guerreira com um coração gigante – tão grande que cabe sua grande família: um marido, seus seis filhos, três netos e ainda tem espaço, e muito, para o próximo!  

Este amor sempre esteve presente na vida desta grande MÃE – tão grande que merece ser escrita com letras maiúsculas mesmo. Dos seus seis filhos, quatro deles são adotivos. O dia-a-dia desta família sempre foi de muita conversa, contações de histórias, jogos, brincadeiras e respeito uns com os outros.

O mais velho, Douglas, hoje com 39 anos, chegou na vida de Adriana quando ele tinha 16 anos. Na época, ela já tinha seus dois filhos biológicos Emílio e Nayara, ainda bebês. Este encontro de almas e corações ocorreu em uma noite fria. Douglas morava nas ruas e pediu ajuda para Adriana em uma das rondas solidárias que ela sempre fez questão de fazer, levando palavras de amor, fé, comida e calor humano para quem precisa. “Eu quero mudar de vida”, disse ele. Ela retrucou: “Se você estiver em frente da Salada Paulista às 8h, eu vou te ajudar”. E no seguinte lá estava ele cheio de vontade de fazer diferente. Desde então, Douglas ganhou uma mãe e Adriana ganhou um filho cheio de determinação. “Já ouvi falar que eu salvei a vida dele, mas na verdade a gratidão é minha”, diz. Douglas é pai da Ana Júlia e do Ricardo.

Israel, de 24 anos, pai do pequeno Enzo, admira a leveza de sua mãe. “O mais lindo é que o mais simples é tudo para ela”, define. Nayara, de 28 anos, mãe da Luiza e do Pedro, afirma que sua mãe é puro amor. “Ela sempre ajuda o próximo independente da cor, raça, religião. E esta é a verdadeira caridade”, fala. Igor, de 9 anos, ama sua mãe e acha linda e legal. “Adoro jogar xadrez e jogo da memória com ela. Apesar das minhas artes, eu a amo”. Emílio, de 30 anos, pai do Paulinho, conta que mesmo com a casa cheia de filhos, Adriana sempre deu atenção para todos da mesma forma, respeitando as particularidades de todos. “Ela é um exemplo de mãe e de ser humano”.

Francislaine, de 36 anos, foi recebida de braços abertos por Adriana em um momento difícil de vida quando tinha 22 anos. “Com ela, aprendi o valor do amor, do afeto, do carinho e tive oportunidade de correr atrás dos meus sonhos. Me formei professora e hoje sou coordenadora de ensino”.

Para Adriana, ser mãe é uma dádiva.  “A vida passa tão rápido que até parece um filme. O importante é fixar no coração as coisas boas, cada história é cheia de detalhes, e cada filho só me faz crescer, eles me ajudam a ser uma pessoa melhor todos os dias”, conta. E é com esta linda história de amor de mãe que encerramos a nossa série especial Dia das Mães!

Como surgiu o Dia das Mães?

Desde a Idade Antiga há relatos de rituais e festivais em torno de figuras mitológicas maternas e de fenômenos como a fertilidade. Na Idade Média, havia também muitas referências a respeito da figura da Mãe, sobretudo o simbolismo judaico-cristão com as figuras de Eva e Maria. Mas foi apenas no início do século XX que as mães passaram a ter um dia oficial para serem homenageadas. A escolha da data (todo segundo domingo de maio) remete à história da americana Anna Jarvis.

Anna Jarvis perdeu sua mãe, Ann Marie Reeves Jarvis,em maio de 1905, na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, EUA. Com a morte da mãe, Anna, diante do sofrimento e da dor que sentiu, decidiu organizar com a ajuda de outras moças um dia especial para homenagear todas as mães e para ensinar as crianças a importância da figura materna.

Anna e suas amigas eram ligadas à Igreja Metodista da cidade mencionada acima. Em 10 de maio de 1908, o grupo de Anna conseguiu celebrar um culto em homenagem às mães na Igreja Metodista Andrews, em Grafton. A repercussão do tema do culto logo chamou atenção de líderes locais e do então governador do estado de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock. Glassock definiu a data de 26 de abril de 1910 como o dia oficial de comemoração em homenagem às mães.

Logo a repercussão da celebração oficial em âmbito estadual alastrou-se para outras regiões dos Estados Unidos e foi adotada também por outros governadores. Por fim, no ano de 1914, o então presidente dos EUA, WoodrowWilson,propôs que o dia nacional das mães fosse comemorado em todo segundo domingo de maio. O importante a ser mencionado é que a decisão de Wilson foi tomada a partir de sugestão da própria Anna Jarvis, que ficou internacionalmente conhecida como patrona do Dia das Mães.

No caso do Brasil, o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez em 12 de maio de 1918, na Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Em outros lugares, houve também outros focos de comemoração de mesmo teor, geralmente associados a instituições religiosas. Mas foi somente em 1932, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o Dia das Mães passou a ser celebrado segundo o molde dos Estados Unidos, isto é, em todo segundo domingo do mês de maio.

Fonte: Brasil Escola

Reportagem: Fernanda Peixe / Notícias do Bem 

Foto: Ricardo Boni /Notícias do Bem

08/05/2016

08/05/2016 21:07

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