Conheça mais sobre o Slackline, um esporte de equilíbrio e superação

NA CORDA BAMBA

Conheça mais sobre o Slackline, um esporte de equilíbrio e superação

Todos os dias a gente se equilibra para tocar a vida. Mesmo com os pés no chão, às vezes, é impossível não dar aquela bambeada. Mas tem algumas pessoas que desafiam a gravidade e buscam o equilíbrio, sem tocar os pés no chão, sobre uma fita e mostram que é possível “viver a vida na corda bamba” com muita energia e alegria…

Você já deve ter visto por aí nas praias ou em praças das cidades, uma fita estendida, tendo como apoio árvores ou algum ponto fixo, e pessoas se equilibrando em cima, fazendo acrobacias com o corpo que impressionam pela graça e beleza. Pois essa prática esportiva tem nome, é o Slackline, que significa em inglês “corda bamba”.

O Slackline, um esporte novo que teve seu inicio na década de 1980, nos Estados Unidos, quando os escaladores, que passavam semanas acampando, em busca de novos caminhos para a escalada, nos tempos vagos esticavam as fitas, usadas para subir as montanhas, para se equilibrar, caminhar e se deslocar de um ponto a outro.

O que era apenas um passatempo de escaladores ganhou novos praticantes por todo mundo e se transformou em um esporte, que há cerca de 10 anos, invadiu o Brasil. No país, ele começou a ganhar destaque no ano de 2010, primeiro nas cidades litorâneas, depois se espalhando pelo interior e o sertão do Brasil, onde atletas apaixonados ajudam a propagar essa verdadeira arte do equilíbrio.

Todos os sábados, o slacker, como é conhecido quem pratica slackline, Emanuel de Pádua reúne um grupo de pessoas, em Mirassol, no interior paulista, para se equilibrar na fita. As atividades acontecem, das 13h às 14h30, no Complexo Esportivo do bairro Renascença, e, das 15h às 18h,  na quadra azul da Praça Eulógio Natividade Barbosa. Nesses encontros semanais chegam a ter cerca de 40 pessoas, entre crianças, jovens e adultos. “A ideia é divulgar e estimular, para que possamos ter novos atletas na nossa região e assim fortalecer o esporte e criar condições para que sejam desenvolvidos mais campeonatos e outras atividades”, explica o slacker.

No Brasil existem federações de Slackline em alguns estados, que organizam, regionalmente, campeonatos. Mas o intuito é que esses movimentos ganhem mais força e que a prática seja reconhecida cada vez mais, aumentando seu número de praticantes em todo o mundo.  

No final de maio, foi realizado o 3º Encontro de Slackline, em Mirassol, e iniciativas como esta também acontecem em São José do Rio Preto, em praças e condomínios da cidade. A ideia é difundir ainda mais o esporte por toda a noroeste paulista, promovendo ações itinerantes pelas cidades da região, mas para isso ele precisa de apoio. “Se de cada 10 que participam dessas ações, um se sentir motivado pelo esporte, já muito gratificante”, revela o atleta.

Para quem pensa que existe apenas uma forma de praticar o slackline, se engana. Atualmente, cinco modalidades de slackline são reconhecidas, com adeptos e campeonatos, por todo o mundo, são elas:

Trickline – modalidade que permite a realização de manobras, com salto e equilíbrio extremo, exigindo bastante preparo físico e treino.
Jumpline – categoria que envolve acrobacias acompanhadas com saltos.
Longline – consiste em atravessar a mais longa fita, exigindo muito condicionamento físico, pois quanto maior o comprimento da fita, mais força muscular e equilíbrio são necessários.
Highline – praticado em alturas superiores a 5 metros, esta modalidade requer muita experiência do atleta e conhecimento de alpinismo, afinal a categoria consiste em atravessar a corda em grandes alturas. Para a prática é necessário utilização de equipamentos de segurança e conhecimento técnico.
Waterline – É a pratica do Slackline sobre as águas, seja em piscinas, rios ou praias esta é a modalidade mais refrescante e descontraída, já que podem ser realizadas diversas manobras do Trickline e as quedas serão amenizadas pela água.

Corpo e Consciência

O Slackline trabalha tanto o corpo quanto a mente e é um ótimo exercício físico que fortalece os músculos e ajuda no condicionamento do corpo. Mas, mais do que questões física, o que agrada aos atletas é a possibilidade de superar desafios. “Todo mundo pode praticar, não tem idade limite. O esporte ajuda a desenvolver ainda mais a concentração, a ter uma consciência corporal, além de proporcionar uma sensação de total liberdade, é quase como pular de paraquedas, estando mais próximo do chão”, revela Emanuel.

Uma dica para quem quiser praticar Slackline é buscar, em sua cidade ou região, grupos como o Jumper’s Slackline, que Emanuel organiza, junto com o slacker Douglas Júnior, em Mirassol.  Vale lembrar que os equipamentos fita, sistema de backup e catraca – tem que ser específicos para a prática do esporte e o solo deve se adequado – colchão, areia fina – para amenizar as possíveis quedar. Por questões de segurança, é importante que a prática seja sempre acompanhada por um atleta mais experiente, que possa orientar e direcionar a atividade.

Para que quiser apoiar as ações dos Jumper’s e saber mais sobre o Slackline pode acessar a fanpage do Jumper’s Slackline ou entrar em contato pelo telefone: (17) 99230 7828.

Reportagem: Thais Alves/ Notícias do Bem
Fotos: Ricardo Boni / Notícias do Bem

08/07/2016

08/07/2016 07:33