Eles crescem, mas ficam pequenos nos nossos corações

Eles crescem e as noites em claro se vão. O cheiro de leite nas nossas roupas também.

Eles crescem e se vão as dores nos braços por carregá-los e nas costas quando estão aprendendo a andar.

Eles crescem e se vão os passeios de carro para fazer dormir, a sujeira para comer e as muitas fraldas para trocar. Os brinquedos não. Esses só aumentam, não vou mentir. A bagunça também.

Eles crescem e o nariz cheio de catarro vai dando uma trégua, o almoço fica mais tranquilo, os desenhos na TV menos irritantes.

Eles crescem e as palavras vão surgindo, a personalidade toma forma e quando vemos eles estão cheios de argumentos.

Eles crescem, mas só constatamos isso nas roupas que se perdem a cada inverno. Nas calças de pijama que ficam nas canelas e nós insistimos em negar para nós mesmos que o tempo está passando.

Serão nossos bebês pra sempre. Nas nossas memórias permanecem o cheiro inebriante de bebê recém-nascido, o toque da pele mais macia do mundo, o sorriso banguela mais encantador que existe, os cabelos desgrenhados mais charmosos e o olhar. Aquele olhar do amor mais sincero que vamos provar.

Eles crescem, mas ficam pequenos pra sempre em nossos corações. Pedimos para que cresçam e se tornem autônomos. Mas, quando eles crescem, dá uma saudade da vida que segurávamos nos braços e protegíamos de tudo.

Texto: Bruna Oliveira @brunamamaesincera
Foto: @dreamsfotografiainfantil

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