Médico alerta para doenças respiratórias que podem ser contraídas no carnaval

Lucas Borella Pelosi, do Hiorp, dá dicas para prevenir infecções respiratórias e outras doenças nas grandes aglomerações de pessoas


O carnaval é esperado com entusiasmo pelos brasileiros, que poderão se encontrar novamente para aproveitar a maior festa popular do País. No entanto, foliões e foliãs não podem esquecer das lições aprendidas durante o longo período de pandemia, prevenindo-se de doenças infecciosas cuja transmissão se torna mais propícia em aglomerações de pessoas.

Entre as doenças infecciosas comuns do período de pós-carnaval o otorrinolaringologista Lucas Borella Pelosi, membro do corpo clínico do Hiorp (Hospital de Otorrino e Especialidades), de Rio Preto, destaca as viroses respiratórias. “Essas viroses englobam desde um resfriado, amigdalite, sinusite e faringite virais até influenza e, claro, covid-19. São doenças cujo contágio é expressivamente maior em aglomerações como as festas de carnaval”, comenta.

Para uma pessoa que apresenta sintomas de infecção respiratória dias antes da folia de carnaval, o otorrino do Hiorp recomenda o isolamento. “O ideal seria ficar em casa e não participar dos eventos, para evitar infectar outras pessoas. No entanto, se isso não for possível, a pessoa deve usar máscara.”

Segundo Pelosi, há uma série de medidas que podem ajudar a diminuir o risco de contágio de uma doença respiratória para quem vai cair na folia. A primeira delas deve ser tomada antes do início do carnaval: uma boa alimentação e atividade física regular para fortalecer a imunidade do organismo. “Isso evita bastante o risco de contrair infecções.”

Durante os dias de festa, uma alimentação saudável é ainda mais importante, aliada a um período de sono adequado (8 a 10 horas) e ao consumo de líquido (água, isotônico e sucos naturais). “Também evite períodos de jejum prolongados, e, quando estiver em uma festa de carnaval, prefira os ambientes abertos, onde há mais circulação de ar apesar da aglomeração”, acrescenta.

O otorrino do Hiorp ainda recomenda não compartilhar copos, principalmente com pessoas desconhecidas, pois isso facilita a transmissão de doenças, além de levar um frasco de álcool em gel no bolso, para poder sempre higienizar as mãos. “Não podemos esquecer das medidas que adotamos durante a pandemia, como o uso de máscara e álcool em gel para higienizar as mãos. Caso a pessoa não esteja com máscara, ela deve evitar usar a mão para proteger o rosto ao espirrar, fazendo isso com o antebraço”, destaca.

Caso os sintomas de infecções respiratórias se estabeleçam após o carnaval, a pessoa deve evitar a automedicação. “Se os sintomas atrapalharem o dia-a-dia, como falta de ar e febre que não cessa, é preciso procurar um médico especialista para ter uma avaliação de seu quadro clínico. O médico que vai identificar o melhor medicamento para combater a doença, seja ela viral ou bacteriana”, explica Pelosi.

Dicas para prevenir infecções respiratórias no carnaval:

1) Deixe seu sistema imunológico fortalecido com uma alimentação saudável, a prática regular de atividades físicas e períodos de sono adequado (8 a 10 horas).

2) Atualize sua carteira de vacinação, principalmente se ainda estiver faltando doses para a imunização contra doenças como a covid-19.

3) Caso apresente algum sintoma de infecção respiratória nos dias que antecedem o carnaval, faça isolamento em casa e evite participar de eventos com grandes aglomerações. Caso não seja possível, use sempre máscara e leve um frasco de álcool em gel no bolso.

4) Durante os dias de folia, além da alimentação saudável e do sono regular, consuma bastante líquido (água, isotônico ou suco natural) e evite períodos prolongados de jejum. Isso é ainda mais importante para quem consome bebida alcoólica nas festas de carnaval.

5) Nos eventos carnavalescos, dê preferência para os lugares abertos, onde há mais circulação de ar. Nos ambientes abertos, as chances de contágio diminuem apesar da aglomeração.

6) Não se esqueça das medidas de prevenção adotadas durante a pandemia: de preferência ao uso de máscara, leve sempre um frasco de álcool gel no bolso e evite proteger o rosto com a mão ao espirrar (faça isso com o antebraço).

7) Caso apresente sintomas de doenças respiratórias, evite a automedicação e procure um médico especialista se esses sintomas atrapalharem o seu dia-a-dia.

8) Dica de ouro: se consumir bebida alcoólica, não dirija.

Foto: Reprodução

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