SEM FRONTEIRAS
Uma Kombi, muitos sons
Bono Vox disse certa vez que a música pode mudar o mundo porque pode mudar as pessoas. É mais ou menos no ritmo desse pensamento do líder do U2 que pulsa o projeto “Kombi Nation Encanta”, do publicitário e músico rio-pretense Samuel Verona Moreti. O que move seu trabalho é a convicção da força transformadora que a música tem. Uma certeza que ele leva abordo de sua Kombi, a Guadalupe, para levar sua mensagem a todos, mas principalmente a garotada.
Um dos contemplados com o Prêmio Nelson Seixas 2017, Moreti está justamente rodando pela cidade com sua Guadalupe, fazendo apresentações em lugares públicos. Durante este mês de setembro e também em outubro com certeza será possível conferir o seu projeto em um lugar perto de casa.
Nesta sexta-feira, dia 22, a parada é na praça do Jambolão, no Solo Sagrado. Em seguida, dia 27, praça do Jardim Nazareth. Depois na praça da matriz de Talhado, dia 28, e, fechando setembro, dia 29 no centro esportivo do Cidade Jardim. Todas as apresentações começam às 19 horas.
O Kombi Nation transforma a Kombi de Moreti em um estúdio musical móvel. Como num passe de mágica, próprio do universo artístico e das fábulas que ele ajuda a resgatar, a Guadalupe transfigura-se em um palco para apresentações que misturam teatro, contação de histórias, música e educação instrumental.
E a Kombi Nation é parte integrante do projeto Música Sem Fronteiras, iniciativa de cunho social com objetivo de fornecer educação musical às crianças. A iniciativa busca valorizar a música realizada no Brasil e levar possibilidades de educação musical onde não há e envolver principalmente os pequenos. Ao mesmo tempo, procura convencer o poder público e a iniciativa privada a investir em projetos de qualidade ligados à música.
Esse ideal fez com que Moreti viajasse, em maio deste ano, para Cuba, onde implantou o Música Sem Fronteiras. Na terra de Fidel, participou de vários encontros artísticos, apresentações e ministrou oficinas de música brasileira para crianças. Na capital, Havana, fez quatro oficinas dedicadas à garotada.
Além de aprender, o músico também compartilhou conhecimento em território cubano. Levou instrumentos como ukulelê, pandeiro, gaita, violão e escaleta e doou 30 flautas doces. Nessa viagem, Moreti contou com a ajuda da esposa, Maylin Leyva, que é cubana. Ela é médica em Nova Granada e está há três anos no Brasil.
O objetivo faz parte do projeto de vida de Moreti, que é promover intercâmbio cultural com foco na música tradicional infantil. Expandir a música. Sem fronteira e sem pré-conceitos. Assim como é a própria música, assim como deveria ser em tudo na vida. Assim como uma Kombi, popular aqui e nos lugares mais extremos do planeta.
Se quiser saber mais do projeto de Samuel Moreti e das apresentações que ele está fazendo pela cidade, é só acessar facebook.com/MusicaSemFronteiras
Texto: Marival Correa / Notícias do Bem
Fotos: Maylin Leiva / Músicas Sem Fronteiras
21/09/2017
21/09/2017 15:41